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Viajar por muito tempo pode parecer um luxo, mas com as escolhas certas, torna-se totalmente possível — mesmo com um orçamento limitado. Ao longo das minhas experiências mochilando por diferentes partes do mundo, desenvolvi um conjunto de estratégias que me ajudaram a economizar bastante, sem comprometer o conforto e, principalmente, a segurança.
Se você sonha em passar meses na estrada, aqui estão 7 táticas que usei e que realmente funcionaram:
1. Hospedagem por troca de trabalho
Uma das formas mais eficazes que encontrei para economizar foi me hospedar através de plataformas como Worldpackers e Workaway. Em troca de algumas horas de trabalho por dia (como ajudar na recepção de um hostel ou auxiliar na manutenção de uma horta), tive hospedagem gratuita e, às vezes, refeições incluídas. Além de economizar, conheci pessoas incríveis e vivi a rotina local de maneira mais profunda.
2. Cozinhar sempre que possível
Comer fora todos os dias pesa — e muito — no orçamento. Sempre priorizei hostels com cozinha ou alugueis de curto prazo com estrutura para preparar refeições. Ir a mercados locais e cozinhar o básico (arroz, vegetais, massas) me permitiu manter a saúde e controlar os gastos. Quando comia fora, buscava lugares frequentados por locais e evitava áreas turísticas.
3. Apps de transporte econômico
Apps como Rome2Rio, Omio, Maps.me e Moovit me ajudaram a encontrar os meios de transporte mais baratos entre cidades ou dentro de grandes centros. Em muitos casos, descobri linhas de ônibus locais ou trens regionais que custavam uma fração do preço de traslados turísticos. Além disso, caminhar sempre foi minha forma preferida de explorar um novo destino — é gratuita e riquíssima em detalhes.
4. Uso inteligente do cartão de crédito e câmbio
Evitei casas de câmbio em aeroportos e priorizei saques em caixas eletrônicos locais com cartões sem taxa de conversão (como o Wise). Também usei apps como o XE Currency para acompanhar taxas e calcular com precisão os valores em tempo real. Um cuidado importante: sempre sacar em moeda local e evitar conversões automáticas no caixa eletrônico, que costumam ter taxas escondidas.
5. Planejamento flexível com datas abertas
Passagens de ônibus, trens e até voos saem muito mais baratas fora de finais de semana ou feriados. Manter meu cronograma flexível me permitiu aproveitar promoções relâmpago e horários alternativos. Plataformas como Skyscanner e Google Flights com a opção “datas flexíveis” foram grandes aliadas para encontrar os melhores preços.
6. Priorizar destinos com custo de vida mais baixo
Países do sudeste asiático, leste europeu, América do Sul e África são geralmente muito mais acessíveis do que destinos tradicionais na Europa Ocidental ou América do Norte. Quando precisei economizar ao máximo, organizei minhas rotas priorizando regiões onde meu dinheiro valeria mais. Isso me permitiu ficar mais tempo na estrada sem estourar o orçamento.
7. Evitar compras desnecessárias (e carregar menos)
Ao reduzir minha bagagem a uma mochila de 45 litros, eliminei a tentação (e o espaço) para compras por impulso. Levar menos me ajudou a economizar com taxas de bagagem, facilitou deslocamentos e me ensinou a valorizar o essencial. E, acredite: ninguém precisa de dez mudas de roupa para viajar bem.
Essas estratégias não surgiram do dia para a noite. Foram aprendidas com erros, acertos, trocas com outros viajantes e muita tentativa. Viajar barato não significa abrir mão da qualidade da experiência — significa apenas fazer escolhas mais conscientes e criativas.
Se você também tem o sonho de explorar o mundo gastando pouco, comece pequeno, planeje com atenção e esteja disposto a se adaptar. O mundo está cheio de oportunidades — e muitas delas cabem no seu bolso.
