Sozinha em El Chaltén: Meu Encontro com a Liberdade nas Trilhas da Patagônia

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Viajar sozinha sempre me pareceu uma ideia tão distante quanto escalar uma montanha. Mas foi justamente isso que fiz ao decidir conhecer El Chaltén, na Patagônia argentina. Uma vila remota, cercada por picos nevados e trilhas selvagens, onde enfrentei o frio, o medo e a solidão — e voltei com algo maior: liberdade.

Cheguei a El Chaltén de ônibus, depois de mais de 20 horas desde Buenos Aires, com mochilão nas costas e um friozinho na barriga. Era final de novembro, a primavera austral. A cidadezinha parecia saída de um livro de aventuras: ruas de terra, casas coloridas, e ao fundo, a silhueta poderosa do Monte Fitz Roy cortando o céu.

No primeiro dia, caminhei até a Laguna Capri, uma trilha relativamente leve, de cerca de duas horas. Lá em cima, o céu azul e o reflexo das montanhas na água formavam uma pintura viva. Sentei numa pedra e chorei — não de tristeza, mas por me sentir completa. Pela primeira vez em muito tempo, o silêncio me abraçava e eu me sentia parte da paisagem, sem precisar provar nada pra ninguém.

No segundo dia encarei a trilha mais desafiadora: Laguna de los Tres. São cerca de 20 km ida e volta, com uma subida final íngreme e exigente. Fiz parte do caminho acompanhada de duas mochileiras alemãs que conheci no albergue. Mas na parte final, me separei e segui sozinha. Os últimos 500 metros foram os mais difíceis fisicamente — vento contra, pedras soltas, músculos gritando. Mas ao alcançar o topo e ver o lago glacial aos pés do Fitz Roy, algo em mim se dissolveu. Era beleza demais para um corpo só. Tirei as luvas, toquei a água gelada e sorri.

Durante os dias seguintes fiz outras trilhas mais curtas: Chorrillo del Salto, Mirador de los Cóndores e um piquenique improvisado no Río de las Vueltas. Mas o que realmente ficou foram os momentos entre uma trilha e outra: cozinhar meu próprio jantar no fogão coletivo do hostel, conversar com desconhecidos de todos os cantos do mundo, escrever no meu caderno ouvindo o vento lá fora.

Viajar sozinha sendo mulher não é simples. Há medos reais: segurança, assédio, julgamento. Mas em El Chaltén encontrei um ambiente acolhedor, seguro e respeitoso. Usei roupas adequadas, evitei sair à noite sozinha e sempre deixava informado no hostel o destino da trilha do dia. Com planejamento, tudo correu bem.

Voltei da Patagônia com uma sensação diferente de todas as viagens anteriores. Não foi sobre checklists ou fotos incríveis (apesar de tê-las). Foi sobre estar inteira em cada passo, sentir o corpo cansado de forma honesta, descobrir que o silêncio não é vazio — é espaço para a gente se ouvir.

Se você, mulher, está pensando em viajar sozinha, considere a Patagônia. El Chaltén é um lugar onde a natureza é tão imponente que te acolhe sem dizer nada. Um destino onde a solidão vira companhia. Onde o medo vira impulso. Onde a liberdade tem cheiro de vento gelado e gosto de mate quente ao pôr do sol.

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